Trechos do último capítulo:

É claro que a história toda pode não passar de um engodo, uma falácia para chamar a atenção.

Se não sabemos nem se a história é verdadeira, como podemos avaliar a dimensão exata a atitude que pretendemos tomar.

Pois é, galera. Parece que não é bem por aí.

Mas, também, foda-se! Se os jornalistas, que deveriam ter compromisso com a divulgação da verdade, não têm respeito e nunca checam suas fontes para saber exatamente qual é a verdade (veja isso), imagina se eu, humano que sou, vou fazer isso.

O problema é que, como disse um dos comentaristas do texto do Marco Aurélio, toda história tem sempre três versões: a de um lado; a do outro lado; e a verdade.

Burrice minha se não verifiquei antes a veracidade dos fatos. Por conta disso, estou, com efeitos ex nunc, revogando a ordem para o boicote à Livraria Cultura. Considerem-se livres para voltar a comprar livros por lá. Aproveitem a (geralmente) boa educação dos atendentes (são raros os exemplares dessa espécie com tal característica) e leiam o que lhes for recomendado. Em geral é coisa de boa qualidade.

De um coisa eu tenho certeza: ninguém se preocupou, de imediato, com a versão da Livraria. Isso porque é bem mais comum a todos acreditar que o dono capitalista de uma mega-empresa é um monstro insensível do que acreditar que o pobrecito, humilde e doentinho (tá, eu sei que câncer não é uma “doencinha”) funcionário é quem estava dando golpes e denegrindo a imagem de uma empresa que tem a imagem de só recrutar bons funcionários, pessoas que saibam tratar bem um cliente.

Enfim, fica aí a dica para qualquer um que pretenda divulgar qualquer notícia: verifique antes se a história que você pretende espalhar aos quatro ventos tem procedência, ou você corre o risco pagar um micão, como esse de ter que se desculpar publicamente por sua leviandade.