Não precisam se assustar. Ninguém surrupiou um de meus textos. Ou melhor, eu não soube de nenhuma ovelha minha que tenha sido raptada por um certo Lobo. Não é isso. Mesmo porque não tenho cacife para isso: não sou escritor consagrado e nem blogueiro conhecido, então não há motivo para que alguém copie meus textos. A história aqui é outra. Acompanhem.

Estava eu acompanhando meus blogs preferidos e eis que me deparo, no blog do Sérgio Faria, com uma mensagem que me causou um grande choque.

Antes de continuar, permitam que me escuse de qualquer acusação de alienação ou coisa que o valha, mas é que não acompanhei muito as notícias no ano que se passou, por motivos que não são da sua conta, mas eu não sabia do fato que o Sérgio postou hoje. Com isso esclarecido, voltemos ao choque causado por certa notícia.

O Sérgio postou a foto de um pequeno animal da família dos canídeos que estava bem surrado. Abaixo da foto está o texto do Sérgio, xingando um certo indivíduo de filho-da-puta e linkando, no mesmo texto, dois sites que explicavam melhor a fotografia postada. Se você entrar no link colocado no nome do Sérgio, no segundo parágrafo, é provável que você caia diretamente no post mencionado. Se não, não tem problema, pois vou colocar os links que o Sérgio postou lá e, em um deles, tem fotos suficientes para vocês. Faço isso porque acho extremamente válido que mais pessoas saibam o que está acontecendo.

“Mas, Lontra, você não se importa nem com uma guria que é estrangulada e jogada pela janela de seu próprio apartamento. Ao contrário, até faz piada e inventa uma conspiração absurda, só para poder se divertir. Você, com toda essa sua insensibilidade vai se importar com o que ocorre com um mísero cachorro que já tá acabado mesmo?”

Sim, eu vou me importar com um cachorro. Para quem me conhece, não é surpresa nenhuma isso, pois todos sabem que tenho muito desprezo pela humanidade e realmente não me importo que matem um milhão de crianças brancas, negras, amarelas ou vermelhas; que massacrem todos os índios que existem no mundo (com esse eu me importo bem menos); que todos os mulçumanos, tibetanos, americanos sejam dizimados. Na boa? Não estou nem aí! Foda-se o mundo!

Mas que os animais não sejam mal tratados no processo. Caso contrário, aí sim, eu fico realmente puto. E mals tratos foi justamente o que ocorreu ali e isso é imperdoável. Será que se eu empalar o pretenso artista e o expuser, juntamente com o vídeo de sua agonia, em alguma bienal eu posso ser chamado de artista? Talvez eu tente…

Enfim. O cara sacaneou e matou um cachorrinho indefeso por puro deleite. O pior não foi o cara ter feito isso. O que realmente me deixa furioso é o fato de que, de todas pessoas que por ali passaram, nem uma teve a “humanidade” de alimentar o bichinho. Isso sim é que é revoltante.

Não entendeu ainda? Simples: um determinado indivíduo, no ano que passou, resolveu expor o seu trabalho em uma bienal (um encontro de imbecis que acham que arte moderna é, de fato, arte). Até aí, nenhum problema, pois é para isso mesmo que existem esses eventos ridículos. O problema é que o “trabalho” do feladaputa consistia em um cachorro, que ele achou na rua, ficar amarrado em um espaço mínimo para locomoção e absolutamente sem comida ou água até que o mesmo morresse de inanição.

Você não leu errado não. Ele fez isso mesmo e ficou lá, junto com toda a crítica especializada e outros babacas observando o pobre do cãozinho morrendo aos poucos, depois de alguns dias. Se ele tivesse feito isso com a Isabella Nardoni eu não estaria nem aí. Continuaria criticando os repórteres que ficam “urubuzando” a vida da família envolvida. Mas com um cachorro eu não admito. O bicho é indefeso e já estava fraco por não possuir refeições suficientes e ainda tem que passar por todo o sofrimento da inanição?

Vem cá: você já sentiu a dor que a fome causa? A verdadeira dor? Não né? Eu sei que não. O coitado do cachorrinho sentiu. E mais: outros, que se dizem “ápice da criação”, ficaram lá, olhando e se divertindo com a agonia do bichinho. Por que não colocam a mãe deles lá?

Cara, que ódio que eu estou sentindo agora. Ainda bem que não foi um dos meus vizinhos que fez isso, ou eu já estaria na delegacia respondendo ao interrogatório e sendo acusado, com razão, de homicídio qualificado pela prévia tortura e pelo uso de meio insidioso e cruel. Enfim, o máximo permitido pelo Código Penal (pode olhar lá no artigo 121, no parágrafo segundo).

Os links são este e este.

Eu não costumo pedir nada para ninguém, a não ser que eu realmente considere importante. Também não acredito em petições e abaixo-assinados (ou seria abaixos-assinados?), mas a gente não gasta tempo nenhum com isso e, pô, vai que dá certo desta vez. O primeiro link conta a história e mostra algumas fotos. Já o segundo é para uma petição (você encontra o mesmo link no site em que estão as fotos) on line (espécie de abaixo-assinado digital) para que o artista seja proibido de apresentar um trabalho semelhante em uma certa bienal que ocorre este ano. Assina lá, vai. Não te custa nada e você pode estar salvando a vida de um cachorrinho.

Como? Se eu já assinei alguma petição dessas para evitar que uma pessoa seja morta ou mutilada? Não. Eu não gosto de mentir e só assino essas coisas quando se referem ao meio-ambiente, à natureza e coisas correlatas, com exceção daquelas que querem preservar os índios, pois índios são humanos e essa é a única espécie vivente que eu realmente não gosto (junto com jornalistas medíocres, que não são humanos, mas eu também não gosto).

Então é isso. Ah, tá, você quer saber por que entitulei este post como “Meu plágio.”? É porque, apesar de não haver copiado o post de maneira integral, copiei descaradamente a idéia do Sérgio Faria, que desde o início do seu blog vem defendendo algumas boas causas e solicitando que seus leitores ajudem tanto quanto puderem tais causas. Copiar idéia também é plágio, em minha opinião.

E não ligo para polêmicas. Não vou mudar e nem desdizer uma só vírgula do que eu realmente penso.